sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ainda te lembras de mim?

sinceramente, já poucas, ou muitas são as palavras que possa dizer.
mas, hoje, já sei o que é sentir a borboleta no estômago quando vejo o mais pequeno dos mínimos sinais que dás ao mundo, ás pessoas, a mim.
pode aliviar-me saber onde estás, que estás bem, mas, deixa-me perdida quando me questiono se alguma vez te irei voltar a ver.
sabes, tenho saudades tuas, tenho saudades de poder falar contigo, de mostrar-te as mais mínimas coisas que a minha vida tem, mas, que ainda assim partilhava contigo. 
tenho saudades de te poder dizer o quão as pessoas me desiludem agora, e o quão desiludida ando eu.
queria poder dizer-te que não estou bem, mas, também dizer-te que nunca mais fizeste nada para que eu pudesse sentir-me de maneira diferente.
gostava de partilhar contigo a maneira incrível como o Tomás está a crescer, queria dizer-te todas as coisas que tem acontecido com ele. gostava de ainda poder partilhar isso contigo, dizer-te o quanto ele me faz sorrir e vontade que tenho de lhe pegar ao colo cada vez que o vejo.
mas, também gostava de te dizer que tenho andado nervosa, a escola está quase a começar e eu, vou começar tudo do inicio, já não me bastava estar sozinha, e agora, não te tenho a ti, também.
a minha vida tem tido muitas voltas desde a última vez que nos vimos, deixei pessoas para trás, não sei se fiz bem, mas estava farta que me desiludissem. e, nesta alturas, eras tu que me irias dizer o que fazer, mas, comecei a habituar-me que tenho que decidir tudo sozinha agora.
sabes, olho todas as noites e todas as manhãs para a nossa fotografia, e sabes uma coisa? é a única maneira que tenho de te dizer "bom dia", ou "boa noite, espero amanhã por um sinal teu", mas, isso nunca chega a acontecer.
curiosamente, continuo a tentar alimentar-me da esperança de que um dia, esse dia vai chegar, mas, também já senti que não aguentava esperar mais.
ás vezes tenho vontade de desistir de tudo, mas, depois, lembro-me de ti.
queria poder contar as coisas que tem acontecido e dizer-te tudo aquilo que nunca te disse.
espero por ti...
com umas saudades ENORMES, desejo-te;
boa noite,
 adoro-te

atitude




As atitudes falam sempre mais alto, mas as tuas estão a gritar-me aos ouvidos!



domingo, 4 de setembro de 2011


Ainda há Principes encantados, Margarida Rebelo Pinto
Não é preciso comprar todos os filmes da Disney nem esperar pelo do Dia dos Namorados para arranjar um, porque o Príncipe pode estar em qualquer lado. E está mesmo. É uma questão de fé.
É claro que não aparece sob um golpe de magia; nenhuma varinha de condão o consegue materializar; ele vai-se fabricando aos nossos olhos, construindo dia após dia a imagem da pessoa que sonhámos ver ao nosso lado.
A pessoa certa não é a mais brilhante e eloquente, a que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura a paixão mais avassaladora ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que vem viver connosco ao fim de três semanas e planeia viagens idílicas a ilhas secretas perdidas no Pacífico.
A pessoa certa é aquela para quem também somos a pessoa certa. Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem.
O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.
Podem parecer menos empenhados ou sinceros do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução para ter a certeza que não se vão enganar. Podem ser românticos ou pragmáticos, podem oferecer rosas, cd ou chocolates, mas têm sempre um gesto, uma atenção e nunca se atrasam, porque sabem sempre como mostrar o seu amor. Citando Shakespeare: «They do not love that do not show their love». E o amor foi feito para ser mostrado, dentro e fora da cama.
O príncipe Encantado é o homem que nos tapa os ombros com o lençol a meio da noite quando temos frio e se levanta às três da manhã para nos fazer um chá de limão quando ficamos doentes. É aquela pessoa que tem sempre tempo para os nossos problemas. Não é o que diz ‘amo-te’ vinte vezes por dia, mas o que sente que nos quer amar nos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que também olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos filhos e que ainda arranja um lugar na mesa para os filhos dos outros. Ele até pode só saber cozinhar o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado. É um Príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo importantes.
Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o Príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente.
É só preciso deixá-lo ficar um dia atrás do outro... e se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer.»